Pitty ataca de radialista
SÃO PAULO - Bem acompanhada por Paulo Miklos, Beto Bruno (do conjunto de rock Cachorro Grande) e de seu namorado Daniel Weskley, baterista da banda NX Zero, Pitty encara mais um desafio profissional: apresentar seu primeiro programa de rádio.
O clima entre amigos e a abordagem de um assunto que entende bem – a música – faz tudo parecer mais fácil. Porém, não mais simples. É preciso muito jogo de cintura para segurar um programa radiofônico. Apesar de não ser ao vivo, “Segunda-feira Sem Lei”, da rádio Transamérica, é sempre gravado neste formato.
“O programa foi proposto dessa forma, para que fosse algo bem desencanado. Ninguém aqui é radialista, todo mundo é músico, todo mundo ama a música, e a intenção está aí: tocar bons sons”, afirmou Pitty, em entrevista ao Famosidades.
Cada programa é pensado de uma forma diferente. Pitty conta que não há regras na seleção musical. “São músicas que achamos e colocamos para tocar sem pretensões. Isso acaba acontecendo, fluindo, naturalmente”, disse. Juntos, todos os músicos fazem um set-list próprio, com aquela música favorita, que provavelmente jamais tocará novamente na programação.
“Segunda-feira Sem Lei” (às segundas, 21h) também traz as dicas musicais de seus apresentadores no quadro “Apostas”, uma grande oportunidade para bandas e cantores iniciantes que tem a chance de serem ouvidos no horário nobre da rádio. Grande parte desses artistas enviam o material para a Transamérica, ou são descobertos na internet.
“Existem milhões de bandas que estão estourando na internet, bem mais do que há alguns anos, isso quer dizer que funciona. Hoje esse é um dos caminhos”, afirmou Pitty. Com tantas mudanças de mercado e vendas de músicas, a cantora falou de pirataria, e acredita que nada vai impedi-la de comprar um álbum que goste.
“Acho zuado colocar um disco todo disponível em sites. Porque dá trabalho e gasta uma grana desnecessária. Não vou dizer que nunca baixei músicas da internet. Já baixei, claro. Mas eu também compro discos. Por um lado isso é positivo, o trabalho divulgado na internet funciona como um teste drive, para você conhecer o trabalho dos caras e comprar o álbum”, confessou.
Enquanto esteve gravando na Transamérica, Pitty fazia diversas pausas para espiar seu Twitter e saber o que seus seguidores estavam dizendo sobre seu desempenho no novo trabalho. “Segunda-feira Sem Lei” também tem Twitter próprio, de onde a equipe do programa tira conclusões e medem melhoras.
“O Twitter é a ferramenta menos invasiva de todas, porque você não é obrigada a receber informações que não queira, ou que você não conheça. Você vai atrás das suas informações, e não precisa falar por intermediários. Sou eu quem está publicando. As pessoas te conhecem apenas pela imprensa, que divulgam informações erradas, entrevistas editadas, enfim. Ali, se você quiser saber a verdade, terá a verdade”, pontuou.
Projetos em vista
Além da rádio, a cantora se lança agora em uma homenagem a Rita Lee, no “Som Brasil” da Rede Globo, que vai ao ar na quinta-feira (28). Cantando quatro músicas dela, na presença da própria, inclusive, Pitty enxerga nessas parcerias uma oportunidade de crescimento musical. Além da rádio, a cantora se lança agora em uma homenagem a Rita Lee, no “Som Brasil” da Rede Globo, que vai ao ar na quinta-feira (28). Cantando quatro músicas dela, na presença da própria, inclusive, Pitty enxerga nessas parcerias uma oportunidade de crescimento musical. “Sempre acho interessante. Já fiz várias parcerias que deram bons resultados. Primeiro de tudo tem que rolar uma identificação musical, se acontecer isso, de rolar uma vibe, uma identidade, acaba mesmo acontecendo sem programar muito”, pontuou.
O mesmo não se aplica quando falamos a respeito de amadurecer sua música. Quando questiona sobre mudanças do seu som, que o tempo trouxe, ela desconversa:
“Só posso teorizar. Eu sou a personagem dessa história, estou dentro de tudo isso, então não tenho critérios para analisar se eu amadureci, ou não, já que estou vivendo isso. Quem está de fora talvez veja melhor”.
E não é só na música que a roqueira enfrenta desafios. Recentemente em “É Proibido Fumar”, em que atua ao lado do parceiro de “Segunda-feira Sem Lei”, Paulo Miklos, Pitty fez sua primeira atuação em longa-mentragem para os cinemas. Mesmo sem planos neste ramo para o futuro, ela não desconsidera possíveis convites que possam surgir.
“Eu amo cinema, mas não tenho pretensões em relação a isso. Eu topo aventuras que caem no meu colo. Esse programa da Transamérica é um exemplo disso”, concluiu.
Entrevista retirada de: Famosidades