Chiaroscuro
8 ou 80
Todo mundo tem segredo
Que não conta nem pra si mesmo
Todo mundo tem receio
Do que vê diante do espelho
Eu só quero o começo
Não podia lidar com o meio
Quero muito, tenho apego
Já não quero e só resta desprezo
Nem sempre ando entre os meus iguais
Nem sempre faço coisas legais
Me dou bem com os inocentes
Mas com os culpados me divirto mais
Todo mundo tem segredo
Que não conta nem pra si mesmo
Todo mundo tem receio
Do que vê diante do espelho
Todo mundo tem desejo
Que não divide nem com o travesseiro
Um remédio pra armagura
Ou as drogas que vêm com bula
Nem sempre ando entre os meus iguais
Nem sempre faço coisas legais
Me dou bem com os inocentes
Mas com os culpados me divirto mais
Não conheço o que existe entre o 8 e o 80 (2x)
Nem sempre ando entre os meus iguais
Nem sempre faço coisas legais
Me dou bem com os inocentes
Mas com os culpados me divirto mais (x2)
Ah... eu me divirto mais (5x)
Me adora
Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
"Só não desonre o meu nome"
Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome
Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Medo
Medo, escorre entre os meus dedos
Entre os meus dedos
Eu lambo os dedos
E saboreio meu próprio medo (2x)
Medo de ter, medo de perder
Cada um tem os seus
E todos tem alguns
Suando frio, as mãos geladas
Coração dispara até sufocar
Só tememos por nós mesmos
Ou por aqueles que amamos
Homem que nada teme
É homem que nada ama
Medo, escorre entre os meus dedos
Entre os meus dedos
Eu lambo os dedos
E saboreio meu próprio medo (2x)
Paranóia high-tech é sindrome
Contagioso, manipulador
Antiga batalha:
O homem e seu pavor
Nocivo se paralisa
Só tememos por nós mesmos
Ou por aqueles que amamos
Homem que nada teme
É homem que nada...
Se corre o bicho pega
Se fica o bicho come
Se corre o bicho pega (3x)
Medo, escorre entre os meus dedos
Entre os meus dedos
Eu lambo os dedos
E saboreio meu próprio medo (4x)
Água Contida
Eu, chorando
Com essa cara toda amassada
Com esse olho em carne viva, retalhada
E esse nariz que não para de escorrer
Eu, chorando
Tão previsível quanto areia no deserto
Mais patético sem ninguém por perto
Tão imenso que não dá mais pra conter
Então sai, deixa correr
Toda a água contida
Então sai, deixa correr
Toda mágoa velada é água parada
E uma hora transborda
Eu, chorando
Com essa cara toda amassada
Com esse olho em carne viva, retalhada
E esse nariz que não para de escorrer
Eu, chorando
Tão previsível quanto areia no deserto
Mais patético sem ninguém por perto
Tão imenso que não dá mais pra conter
Então sai, deixa correr
Toda a água contida
Então sai, deixa correr
Toda mágoa velada é água parada
E uma hora transborda
Você pode não entender se às vezes fico pelos cantos
Um tanto quieta, recolhida, mergulhada no meu pranto
É que ele me liberta na hora
No momento em que eu boto pra fora
O que já não me serve vai embora
E assim, eu fico leve
Só Agora
Baby, tanto a aprender
Meu colo alimenta você e a mim
Deixa eu mimar você, adorar você
Agora, só agora
Porque um dia eu sei
Vou ter que deixá-lo ir
Sabe, serei seu lar se quiser
Sem pressa, do jeito que tem que ser
O que mais posso fazer
Só te olhar dormir
Agora, só agora
Correndo pelo campo
Antes de deixá-lo ir
Muda a estação
Necessário e são
Você a florescer
Calmamente, lindamente
Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei
E o que eu senti
Agora, só agora
Talvez você perceba
Que eu nunca vou deixá-lo ir
Fracasso
O êxito tem vários pais
Orfão é o seu revés
"Aos que sofrem, por fim o céu"
Abranda a raiva
O que trago sobre os ombros
É meu e é só meu
Sustento sem implorar a benção e o pesar
Mais vil é desdenhar
do que não se pode ter...
Vive tão disperso,
Olha pros lados demais
Não vê que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Declara as uvas verdes, mas não fica em paz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
O maestro bem falou
A ofensa é pessoal
Quem aponta o traidor
É quem foi traído
Já sabe o que é cair,
Ao menos tentou ficar de pé
E, vítima de si, desproza o que nunca vai ter
O mais verde é sempre além
do que se pode ter
Vive tão disperso,
Olha pros lados demais
Não vê que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
Atribui ao outro a culpa por não ter mais
Declara as uvas verdes, mas não fica em paz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça
Desconstruindo Amélia
Já é tarde, tudo está certo
Cada coisa posta em seu lugar
Filho dorme, ela arruma o uniforme
Tudo pronto pra quando despertar
O ensejo a fez tão prendada
Ela foi educada pra cuidar e servir
De costume esquecia-se dela
Sempre a última a sair
Disfarça e segue em frente
Todo dia, até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa,
Assume o jogo
Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto
já não quer ser o outro
hoje ela é um também
A despeito de tanto mestrado
Ganha menos que o namorado
E não entende o porquê
Tem talento de equilibrista
ela é muitas, se você quer saber
Hoje aos trinta é melhor que aos dezoito
Nem Balzac poderia prever
Depois do lar, do trabalho e dos filhos
Ainda vai pra night ferver
Disfarça e segue em frente
Todo dia, até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa,
Assume o jogo
Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto
já não quer ser o outro
hoje ela é um também
Trapézio
Eu queria era dizer diferente
Aquilo que todo mundo sente
Mas não consegue expressar
Meu trapézio balançando lento
Preso bem lá no firmamento
E eu eu tentando me equilibrar
Eu sei que é uma visão estranha
Mas o cara dos sonhos teve a manha
de me mandar essa imagem antes de acordar
De manhã ainda meio zureta
Com rímel até a buchecha
lutando pra tentar me lembrar
Do que fiz a noite passada
Se foi tudo ou quase nada
além das tequilas no bar
Geralmente não há nada de mal
o problema é a ressaca moral
Quando essa "Frida" vem me visitar
Ontem eu era leve faceira
Hoje eu nem me lembro das besteiras
e às vezes é melhor nem lembrar
Só lembro com exatidão
o copo, o sal, o limão
e depois meu trapézio no ar
E depois meu trapézio no ar
E depois meu trapézio no ar
Rato na Roda
Tenho pressa, eu vou correr
Sempre há muito o que fazer
Nem parece o mesmo lugar
Minha adorável gaiola dourada
E se for,
Ooh se for
Agradeço pela ração
Aqui tudo está sempre a mão
Um cantinho pra eu me deitar
Uma bola pra me acalmar
E se for,
Ooh se for
Sempre correndo mais, e mais, mais...
Vê? é simples
Eu, nem me importo mais
Sempre seguindo
pra nunca chegar
O coelho, dizendo: Já é tarde!
Intensifica a ansiedade
Vidros, quartos, impessoais
Cordões de isolamento e tudo mais
E se for,
Ooh se for
Te cuido tanto aqui, te dou o que quiser
É só me divertir, e não tentar fugir
Sempre correndo
mais, e mais, e mais....
Vê? é simples
Eu, nem me importo mais
Sempre seguindo
pra nunca chegar
ououououououoo...
mais...e mais, e mais, e mais, e mais, e mais
Vê? é simples
Eu, nem me importo mais
Sempre seguindo
pra nunca chegar
A Sombra
Pra que dissimular?
Se ela me segue aonde quer que eu vá
Melhor encarar
E aprender com ela a caminhar
Não vou mais negar
Por todo caminho minha sombra está
Eu quero saber me querer
Com toda beleza e abominação
Que há em mim
Isso nunca se desfaz
Enquanto há desejo não há paz
Isso nunca se desfaz
Enquanto há desejo não há paz
Todos Estão Mudos
Já não ouço mais clamores
Nem sinal das frases de outrora
Os gritos são suprimidos
O corvo diz: "nunca mais!"
Não parece haver mais motivo
Ou coragem pra botar a cara pra bater
Um silêncio assim pesado
Nos esmaga cada vez mais
Não espere, levante!
Sempre vale a pena bradar
É hora
Alguém tem que falar
Há quem diga que isso é velho
Tanta gente sem fé num novo ar
Mas existe o bom combate
É não desistir sem tentar
Não espere, levante!
Sempre vale a pena bradar
É hora
Alguém tem que falar
Não espere, levante!
Sempre vale a pena bradar
É hora
Alguém tem que falar
Não espere, levante!
Sempre vale a pena bradar
É hora
Alguém tem que falar
Bônus - Pra Onde Ir
Quis dividir
Mas não soube dosar
Peso demais
Pra um só carregar
Faça o que quer
Depois saiba lidar
Isso é crescer
Contas a pagar
Eu sei a vida às vezes cansa por demais
Dispersa e enlouquece até o mais capaz
Indo pro trabalho ou voltando para o lar
O ônibus lotado sentindo o tempo passar
E sem saber pra onde ir
Sem saber pra onde ir
Sem saber pra onde ir
Quis dividir
Mas não soube dosar
Peso demais
Pra um só carregar
Faça o que quer
Depois saiba lidar
Isso é crescer
Contas a pagar
Eu sei a vida às vezes cansa por demais
Dispersa e enlouquece até o mais capaz
Indo pro trabalho ou voltando para o lar
Endurecer sem perder a ternura jamais
E descobrir pra onde ir
Descobrir pra onde ir Descobrir pra onde ir
E descobrir pra onde ir
Descobrir pra onde ir Descobrir pra onde ir
Uh uh uh uh
E descobrir pra onde ir
Descobrir pra onde ir Descobrir pra onde ir
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Uh uh uh uh
Bônus - Sob o Sol
Na Roma Negra à beira mar Cesar é cego de um olho
Me dê motivos pra sonhar que eu te devolvo em dobro
Tão mais o tempo passa, muitos fingem não me ver
As moças da Montanha sabem o que eu quero dizer
E eu sei que eu sou de lá mas também sou de outros
E ela ainda é tão só... (2x)
O olho de fora só vê quão alvo é o turbante
Dos becos ninguém quer saber, eu já vi isso antes
Me compre aquela fita, me ensine a sorrir
Os casarões derretem se alguma chuva cair
Em demasia a lhe explorar e alguns acham que isso é amor
E ela ainda é tão só... (2x)
E o que tem de bom custei a perceber
Tem toda a gana e o desejo de aprender
A não ressecar mesmo sob o sol
E o que tem de bom contêm o meu melhor
É todo anseio e orgulho de ser também
Saber enxergar mesmo sob o sol
Alguns dias de ufania e depois penitência
Espera aquela hora chegar, se ainda houver paciência
Todo velho disco também tem seu lado B
Quem vai na Mata Escura sabe o que eu quero dizer
A lama e o lamento não se revela em foto
E ela ainda é tão só... (2x)
E o que tem de bom custei a perceber
Tem toda a gana e o desejo de aprender
A não ressecar mesmo sob o sol
E o que tem de bom contêm o meu melhor
É todo anseio e orgulho de ser também
Saber enxergar mesmo sob o sol
Bonus - Just Now
My Child
So must to learn
My breast, feeds you and feeds me
So let pamper you, adore you
Now, only now
Because I someday I leave have to you go
You know, I will be home to want
Slowly, the way who has to be
What else can I do?
Just look at you sleep
Now, only now
Running through the field
Before you let it go!
The station change
Necessary and are
You flourish
Calmly, beautifully ...
Even when I'm no longer
Remember that I heard the sound
How much I care and what I felt
Now, only now
Maybe you realize
I'll never let you go!
I'll never let you go!
I will not let it go!