Fidelidade de fãs é atração à parte no show de Pitty
" Faixas de fã clubes na grade em frente ao palco, gritaria, emoção. O público da roqueira baiana Pitty faz questão de mostrar o
quando gosta dela. Ali, no “gargarejo”, esticavam os celulares e pediam para tirar foto da cantora de mais perto ainda.
Jovens, muito jovens, chegaram cedo para garantir um lugar mais próximo possível de Pitty, que iniciou o show pontualmente às 17 horas, com “Memórias”. A cantora, de fato, tem presença marcante no palco. Não para, é pura energia.
O set list teve de sucessos mais antigos, como “Na sua estante”, “Anacrônico” e novas, como “Fracasso” e “Desconstruindo Amélia”. Mas, fã que é fã tem poder. Os pedidos de “Sob o sol” foram atendidos. “Vocês querem essa música? Vou cantar especialmente para vocês”, e mandou ver. A cantora, aliás, disse que tocou canções diferentes do show realizado no sábado, em Indaiatuba, também na Virada. Pouco acessível Enquanto o público delirava, a imprensa enfrentava dificuldades de acesso. Chegar ao palco, nem pensar. Completamente diferente do show de Zeca Baleiro, na noite anterior, no mesmo lugar. Houve até mudança na cor das pulserinhas que permitiam a circulação. Ficou restrita à produção e apoio. Entrevista? Muito menos. Teve quem conseguiu, de alguma maneira, burlar as regra rígidas dos bastidores. Foto? Só do lado de baixo, com uma distância considerável em relação ao palco alto. Como planejado, encerrou o show com o maior sucesso do último álbum, “Chiaroscuro”: “Me adora”, música que toca insistentemente nas rádios do gênero. Sem bis, saiu direto para o camarim. Os fãs não desistiram do contato direto. Ficaram na grade ao lado do palco, um pouco distante de onde a estrela estava, com a porta fechada. Tietagem No meio do grupo, dois jovens de Itajaí, Santa Catarina, e dois de Curitiba, no Paraná. Vieram de carro especialmente para o show em dose dupla da roqueira, em Indaiatuba e Jundiaí. “Valeu a pena. Ela tocou ‘Sob o sol’ só porque a gente pediu”, comemorava a estudante Jheyne Cunha, de 19 anos. Outro fã convicto que aguardava mais uma aparição da cantora, Cauê Carvalhães, 20 anos, de Jundiaí, já assistiu nada menos do que 39 shows de Pitty. Neste domingo, tentou levar um presente típico da Terra da Uva para a musa. “Eu trouxe um vinho artesanal daqui, mas foi confiscado na entrada”, afirmou. Bebida alcoólica não era permitida. Camarim proibido Enquanto a cantora relaxava no camarim, a movimentação continuava do lado de fora. O parque foi sendo esvaziado e algumas pessoas foram para fora do portão para gritar mais um pouco. Quem deu um jeito de ficar dentro, se deu bem. As irmãs Taleessa Silva Rodrigues, de 14 anos, e Alexia Silva Rodrigues, 12 anos, e a amiga Natália Guimarães Gomes, de 15 anos, todas de Várzea Paulista, tiveram a ajuda de um “anjo da guarda” da organização e chegaram à roda formada na porta do camarim. “É o primeiro show dela que a gente assiste, é a primeira oportunidade. Sou fã desde os 8 anos”, revelou Taleessa. Os pais, é claro, aguardavam do lado de fora. “Não tem como deixá-las virem sozinhas. E a gente também gosta”, afirmou a mãe Eliana da Silva Rodrigues, de 34 anos. Para elas, a espera valeu a pena. Fizeram foto com o baixista da banda e viram a saída quase que relâmpago da cantora. E ainda tinha gente do lado de fora do portão, mesmo com o frio que castigava o Parque da Uva. Vida de fã é mesmo uma aventura. " Matéria retirada de: https://eptv.globo.com/lazerecultura/lazerecultura_interna.aspx?299777